segunda-feira, 31 de janeiro de 2011

Alamut. A sede dos Assassinos.

Em 4 de setembro de 1090 Hassan tomou Alamut - que significa ninho do abutre, devido sua altura. A fortaleza estava ocupada pelos seljúcidas e Hassan recebeu 3 mil dinares de prata dos vencidos. Sua localização estratégica, no coração das montanhas Elbourz (06-elbourz), servia de centro de operações para ataques à regiões que hoje são o Iraque e o Irã. Em 1092, o sultão Malik Shah manda o emir Arslantash cercar a fortaleza e capturar Hassan que se defende com 70 homens, até Abu Ali (governador de Casvin) lhe mandar 300 soldados. A tropa do emir foge.
Na mesma época, Hassan sai em auxílio de Hussein Kaini, sitiado na fortaleza de Muminabad ppor Malik Shah. Começa então a ação característica de sua seita com as adagas mortais. Os emissários de Hassan saem sorrateiramente à noite e liquidam o vizir Nizam-al-Muk e em seguida Malik Shah. A partir daí a seita espalhou-se pelo Irã e Síria e ficaram conhecidas como Hasashins (Assassinos). Existem vertentes que se esforçavam em explicar a origem da palavra "assassino". Uma diz que tem a ver com "seguidores de Hassan". Outra que provém de "haschichiyun" que significa "fumador de haxixe". Fontes cristãs medievais afirmam que os Assassinos estavam habituados a consumir essa substância antes de partir para seus ataques mortais (estado de entorpecimento, que veremos mais adiante). no entanto, fontes ismaelitas não fazem qualquer menção a essa prática. Parece que a lenda tem respaldo
Fortaleza de Alamut foi construída em 840 na montanha de Elburz, da qual só restam ruínas. Construída a 2100 metros de altura tinha um sistema excepcional de abastecimento de água e apenas uma entrada margeada por um precipício, o que tornava difícil de conquistar. Também era famosa por seus jardins e bibliotecas, local onde os futuros hashishins eram levados quando ainda novos.
Montanha de Elbourz, também conhecida como Alboz ou Elburz, fica ao Norte do Irã e teve um importante papel nos textos históricos de Irã como o famoso Shah-nameh e na mitologia Persa. Diz-se que ali é a moradia de Peshotan, o Messias esperado pelos devotos do zoroastrianismo.

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